sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um estrangeiro em Portugal

Tenho um problema quando escrevo… aliás, tenho dois problemas… bem visto, até tenho muitos problemas quando escrevo (já sem falar do principal problema que tenho relacionado com a escrita… que acontece quando não escrevo). Bem, problemas de escrita à parte, isto de ser um estrangeiro em Portugal nem sempre é fácil, tirando quando se é pinante, moinante, rico, exilado, ou minimamente esperto para perceber que um nome estrangeiro que não faça lembrar países do leste, da América do Sul ou de África (pelo menos os mais pobres), bem aproveitado, até é capaz de vender per si.
Ora, sendo filho de pai romeno e de mãe siciliana, cigano de alma e mafioso de fé, ainda tenho uma costela de Ceausescu e um perónio de Mussolini na minha constituição. Como a declaração de IRS já não rende o que rendia através da declaração de filhos, já vendi todos os Magalhães que o governo me deu, a contrafacção se encontra dominada pela joint venture ciganos-chineses e o molestamento de idosos se encontra sobre o controlo do eixo Brasil-países do leste, não percepciono, actualmente, grandes oportunidades de negócio, tendo em conta a minha área de formação, pelas terras de Afonso Henriques.
De modos que hoje me vou dedicar por inteiro à formação na cultura lusitana, batendo da minha mulher e dizendo mal do país enquanto esta me limpa a casa, cose as meias, e me prepara o repasto homónimo ao som do grande sucesso do segundo maior poeta zarolho português, o grande José Cid e o seu… Favas com xóriço.

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